30/10/07

Ele deixou de fumar... em 1983


Lucky Luke, o meu cowboy preferido, também deixou de fumar! O mais rápido do Oeste, criado em 1946, em vez do cigarro, ostenta, agora, uma palha!
Com mais de 70 álbuns publicados e traduzidos em 30 línguas, cerca de 250 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, Lucky Luke é um dos maiores sucessos da Banda Desenhada Europeia. Em 1983, Morris retirou o cigarro da boca de Lucky Luke, imagem de marca do Cowboy e substitui-o por uma palha, politicamente correcta... Que isto de reproduzir modelos tem o que se lhe diga...
Como sabem, as aventuras de Lucky Luke terminam com ele, montado no seu cavalo, em direcção ao sol poente, ao som da canção
“I am a poor and lonesome cowboy”...
e isto com uma palha na boca...não é a mesma coisa... lá isso não! Quem fuma ou já fumou...sabe que não!

Deixar de fumar... eis a questão...


Quem me conhece sabe que tenho mau feitio! Agora estou muitooooooooooo pior! Deixei de fumar! E há situações em que ele sabia tão bem... outras, em que me fazia falta! Por exemplo, escrever um post sem fumar, é quase um drama :) Trepo paredes, faço trinta por uma linha...mas há quase um mês que não pego num cigarro! Aliás, ocorre-me que como deixei de fumar assim, de repente, de um dia para o outro, sem a ajuda de nada, a não ser da minha casmurrice, esse seja o motivo de algumas alucinações nocturnas...que é como quem diz, sonhos estranhos! É isso. Tá explicado! Falta de nicotina no organismo gera sonhos e, quiça, coincidências!

22/10/07

Ando apaixonada por este CD...

...pela voz dela. Pela fabulosa voz de Amy que, quando ouvi pela primeira vez, pensei que fosse uma fabulosa voz negra! Gosto particularmente da nº2 e da nº 4. Gosto do disco todo. Já o gastei de tanto o ouvir.
Amanhã, a caminho de Lisboa, vou gastá-lo mais um bocadito, ai vou, vou...
Gracinha... Obrigada!

Não posto há 21 dias. Não é só preguiça.
Motivos há imensos.
Sobra-me o espanto.
Histórias. O tecto do meu quarto está lotado.
De repente, Viseu, Lisboa, Luanda.

O mundo ficou sem fronteiras. Para uma galaico-duriense,
agarrada à meseta de afectos.
E não pensem que não sei o que são terramotos. E sismos.
Sei bem. Não sei, se sei de sobra. Mas sei bem.
E sei o que é pegar na régua e no esquadro. Outra vez.
São 200 anos. É muita vida. E às vezes sinto-me cansada.
Eu de suplemento na mão, a desfolhá-lo,

em vez de o pôr no lixo, como sempre.
Espaços & casas ou vice-versa. Ou nada disto.
Casas em Lisboa em páginas de jornal.
Eu de marcador a fazer círculos à volta dos anúncios.
Eu a fazer e a não estar a acreditar no que fazia.
Eu a perceber que às vezes não acreditamos no que fazemos mas fazemos.
E fica feito. Eu a fazer analogias, a desviar-me do cerne da questão.
E os anúncios, tantos. E a faltarem-me as ruas, as zonas. Sei lá onde fica isto.
Eu, entre a luz e o granito. E o granito como retrato e a luz como estímulo.
Eu a telefonar. A perguntar por preços, voz segura. Coração trémulo.
Mas a perguntar. Como se nunca tivesse dito não a Lisboa. Convicta.
Eu a pesquisar na net. À procura de Luanda. No Belas Shopping.
Eu tentada. Já no avião. Nas nuvens.
Com vontade de regressar e ainda não tinha saído do sofá.
Eu a fazer contas e a apagar o sorriso dos meus sobrinhos do quadriculado do caderno. A sentir os xis-corações.

Os seus braços a crescerem à volta do meu pescoço.
Deixa-te de ser lamechas. Vá. Deixa-te de tretas.
Vai ser muito bom. E mesmo que não fosse.
Não podes ficar aí de braços cruzados, a ruminar.
Logo agora que eu começava a gostar de certas rotinas e a gostar de quem gosta de certas rotinas.
Logo agora que a Sra. Zulmira sabia os dias em que eu podia beber o café com a nata. Boa hidro, menina. E abria o sorriso. Deixe as calorias na água.
Logo agora que eu sabia que saindo de casa às 8.25 em ponto, não tinha de correr a passar o túnel, para ouvir os Sinais. Logo agora que...
Não vale a pena ruminar. Mas há imagens que insistem.

Acontecem em minutos e repetem-se uma vida.
O pisa-papéis, pesado, precioso, na cabeça do Sr. Manuel.

O pisa-papéis inteiro na cabeça do pisa-mansinho
que queria ir a Nova York mas não sabia falar inglês.
Como foste capaz?
A mercadoria do contentor por conferir. A recusa da assinatura.
Ò dra. não assina? Isso vai dar problemas. E deu.
A gajita de 26 anos a chamar-te demasiado educada. Como se fosse um insulto.
A dizer-te que era preciso ter tomates. Como se fosse um requisito.
E tu, polida, a dizer que tomates, tomates, tem quem recusa uma pipa de massa à porta de casa. Que - perdão - tomates, tomates, tem o Sr. Manuel, que levou com o pisa-papeis do Dubai nas trombas e nem chiou. Cambaleou. A sangrar. Pingas de sangue no mármore. Atrás de si. E depois, no Jaguar.
Surreal. Não havia muito mais por onde escolher.

A choradeira dentro do Focus. Estrada fora.

Não imagino como vai ser.
Não imagino. E até imaginava.
Mais uma história banal.
A tentação, à flor dos lábios.
Voz alta, dentro do carro.
Porquê a mim?
Poupa-me. Por favor.
A ti, porque sim, porque se não fosse a ti, era a outra qualquer.

E depois, de repente, já perto de Lisboa ou Luanda, aconteceu.
O coração, feito casa de muito movimento.
Alfândega de novas mercadorias.
Voltado para o Douro, feito cais de afectos.
O granito como retrato, a luz como estímulo.
Como se houvesse milagre.



01/10/07

O JG recordou-me o quanto há cafés - muito poucos - que apetece provar. Nespresso é uma dessas marcas irresistíveis. Ele até provou; ele que até confessa detestar borlas. Mas o café em causa tem poder...cafeína ou demonstradora não importa!
O importante é que a marca tem gosto! Muito bom marketing. Muito bom!


«Houvesse um sinal a conduzir-nos
E unicamenente ao movimento de crescer nos guiasse. Teremos das árvores
A incomparável paciência de procurar o alto.
A verde bondade de permanecer
E orientar os pássaros».
Daniel Faria
Gosto de calendários.
Principalmente quando somos nós em dias que nenhum calendário conhece.