29/09/07

A chuva


Está de súbito o dia clareado
Porque já cai a chuva minuciosa.
Cai ou caiu. A chuva é uma coisa
Que sem dúvida ocorre no passado.
Quem a ouve cair vê recuperado
Esse tempo em que a sorte venturosa
Lhe revelou uma flor chamada rosa
E a curiosa cor do encarnado
Esta chuva que vai cegando os vidros
(...)
(excerto de um soneto de Jorge Luis Borges. Dedicado à Claudia Sousa Dias. Pelo magnífico tecer sobre um dos meus autores de eleição)

3 comentários:

Claudia Sousa Dias disse...

Esta minha querida Maria é qualquer coisa de fora de série!

Não tenho palavras...

Fiquei muda e de boca aberta!


Beijo


CSD

Dalaila disse...

o dia clareou... e a chuva continua, está lá fora, e bate no vidro e vou percorrendo com os dedos as gotas que se vão desenhando.

Lindo Maria.

Anónimo disse...

adorei a imagem.